A influência de práticas sustentáveis no desenvolvimento de uma marca empregadora

Autores

  • Murilo Francisco Marino Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Laura Cordeiro do Amaral Leone Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Davi Henrique Ferreira Hortencio Universidade Federal de São Carlos - UFSCar
  • Edenis Cesar De Oliveira Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Resumo

Introdução: No contexto corporativo contemporâneo, a sinergia entre employer branding e sustentabilidade configuram-se como um diferencial estratégico essencial (AZHAR; REHMAN; MAJEED; BANO, 2024). As organizações enfrentam o desafio de atrair e reter talentos em um mercado altamente competitivo (CHOPRA; SAHOO; PATEL, 2024), ao mesmo tempo em que necessitam alinhar-se às crescentes exigências por responsabilidade socioambiental. Com a consolidação das diretrizes ESG (Environmental, Social, and Governance), a integração da marca empregadora a essas iniciativas tornou-se um fator determinante para a perenidade e o êxito empresarial. Uma identidade empregadora robusta proporciona uma vantagem competitiva significativa, especialmente na captação de profissionais das novas gerações, como os millennials, que priorizam valores como cultura organizacional e impacto socioambiental em detrimento da mera compensação financeira (GARIBALDI, 2014). Ademais, a incorporação de práticas sustentáveis (MEDCALFE; MIRO, 2021) contribui diretamente para a competitividade empresarial, gerando benefícios como redução de custos operacionais, ampliação de receitas, maior acesso a capital, mitigação de riscos e fortalecimento do desenvolvimento de talentos (IDESG, 2023). Segundo Ambler e Barrow (1996), a marca empregadora é constituída por um conjunto de benefícios funcionais, econômicos e psicológicos associados ao trabalho, além das percepções dos funcionários sobre a organização, as quais são influenciadas por suas políticas internas e estratégias de comunicação. Nesse sentido, a relação entre empregador e empregado não se restringe à remuneração, mas abrange elementos fundamentais para a experiência profissional e o engajamento organizacional. Ehnert e Harry (2012) e Lis (2012) destacam que a gestão sustentável de pessoas é um fator determinante para a continuidade organizacional no curto e longo prazo, além de representar uma vantagem competitiva. Nesse contexto, Aligleri, Aligleri e Kruglianskas (2009) enfatizam que as transformações no ambiente empresarial demandam estratégias voltadas aos stakeholders, ao crescimento organizacional, à sustentabilidade e à transparência dos negócios. Assim, a adoção de práticas de gestão de pessoas alinhadas aos princípios da sustentabilidade torna-se essencial para a viabilidade e competitividade das organizações, aumentando consideravelmente a responsabilidade dos gestores (SAPUKOTANAGE; WARNAKULASURIYA, YAPA, 2018).

Biografia do Autor

Murilo Francisco Marino, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Graduando em Administração na Universidade Federal de São Carlos - UFSCar/CCN

Referências

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Publicado

2025-05-28